O Lorax: Em
Busca da Trúfula Perdida | Crítica
Animação ensina
lição às crianças sem ser chato
Dr. Seuss' The
Lorax
EUA , 2012 - 86 min.
Animação / Infantil
EUA , 2012 - 86 min.
Animação / Infantil
Direção:
Chris Renaud, Kyle Balda
Chris Renaud, Kyle Balda
Roteiro:
Ken Daurio, Cinco Paul, Dr. Seuss
Ken Daurio, Cinco Paul, Dr. Seuss
Elenco:
, the lorax, Dr. Seuss, Ken Daurio, Cinco Paul, Chris Renaud, Zac Efron, Ed Helms, Danny DeVito
, the lorax, Dr. Seuss, Ken Daurio, Cinco Paul, Chris Renaud, Zac Efron, Ed Helms, Danny DeVito
As histórias do Dr. Seuss,
famosíssimas nos países de língua inglesa, encontram pouco público aqui no Brasil, apesar da temática universal e ainda bastante
atual. Depois de O Grinch (2000), O Gato (2003) e Horton e o Mundo dos Quem (2008),
chega agora a nova adaptação de seus livros para o cinema, desta vez pelas mãos
do estúdio que lançou recentemente Meu Malvado Favorito eHop,
a Illumination Entertainment. Novamente temos um
longa-metragem totalmente feito por computação gráfica e, pela primeira vez, em
3D estereoscópico, o que faz todo o sentido para os cenários coloridos e
fantásticos criados pelo estadunidense Theodor Seuss Geisel (1904
- 1991).
Apesar do título do filme, o personagem principal
da nova animação não é o Lorax (voz original de Danny
DeVitto). Aliás, dá até para dizer que também não são o Ted (Zac Efron), muito menos o Umavez-ildo (Ed Helms). O principal da trama é mesmo a mensagem, que
fala sobre a vontade de se dar bem e as consequências que esta ambição pode ter
na vida de uma pessoa e no mundo em que ela vive. Mais um alerta voltado às crianças sobre os riscos que o progresso traz à
natureza e ao próprio futuro.
Neste caso, temos o jovem Ted, apaixonado por
Audrey (Taylor Swift) e que não medirá esforços para
conquistá-lá. Mesmo que para isso tenha que sair de Sneedville - a cidade
artificialmente perfeitinha onde mora - para achar a última trúfula, uma árvore
de aparência colorida e de textura incrivelmente macia. O local onde vive é
cercado por enormes paredes, que separam o colorido industrial da natureza
monocromática que sobrou do lado de fora.
A cidade murada lembra o espaço onde vive Jim
Carrey emO Show de Truman (1998), enquanto a necessidade de
consumir ar puro enlatado certamente deve ter inspirado Mel Brooks em seu S.O.S. Tem Um Louco Solto no Espaço(1987). Nada disso
está no texto original, mas ajuda a dar mais força à história que será contada
ao exagerar ainda mais os problemas que vêm com a artificialização do mundo.
O Lorax mesmo só vai aparecer quando Ted e Umavez-ildo finalmente se
encontram e o segundo começa a contar sua história pregressa, dos dias em que
chegou ao Vale da Trúfula, onde viviam peixes cantores, cisnes cismados e
barbalutes, exemplo de fofura em formato de urso. Ao cortar a primeira árvore
de trúfula para produzir um "sneed" (que tem mais utilidades que o
Bombril), surge do toco o Lorax, um defensor da natureza. O ser laranja e
bigodudo tenta avisá-lo com palavras - e depois com ações - os problemas que
aquele ato vai causar, mas o ganancioso Umavez-ildo só quer saber de produzir
mais e mais sneeds e vai derrubando as árvores uma a uma.
A batalha travada entre os dois é intensa e pode
até lembrar os desenhos do Pernalonga no seu início, mas seu desfecho é bem
mais sério, passando às crianças a seriedade que a situação pede sem ser chato.
Enquanto os livros de Dr. Seuss não caem nas graças dos brasileiros, pelo menos temos a chance de ver suas
histórias em ótimas animações que fazem jus às suas criações e belas parábolas.
Depois de Horton e Lorax, qual será o próximo?
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